Após sair da prisão, Suzane von Richthofen resolveu ser microempresária, inaugurando um ateliê de costura para customizar sandálias, fabricar bolsas, capa para computadores e estofados, chamado Su Entre Linhas. O negócio possui uma página no Instagram e funciona por meio de encomendas.

Porém, Suzane tem sido acusada de enganar clientes. Segundo o jornal O Globo, seguidores da página acusaram o empreendimento de ser uma cilada. Isto porque desde que engravidou, há cerca de sete meses, a ex-detenta parou de confeccionar os artigos sem avisar os consumidores, colocando duas costureiras para o trabalho, que fabricam os produtos da loja sob a supervisão de sua ex-cunhada, Josiely Olberg.

Uma das clientes que alega ter sido enganada por Suzane é a gerente financeira Pamela Siqueira, de 34 anos, que comprou um par de sandálias customizadas no último dia 7 de dezembro. A encomenda chegou no dia 3 de janeiro, porém o endereço onde o produto foi postado é da Rua Espírito Santo 214 – Centro – Angatuba – SP, a 270 quilômetros de onde Suzane mora, em Bragança Paulista.

O local em questão é o endereço do escritório de três advogados associados, Ivan Ferreira, Letícia Beltrami e Jaqueline Domingues. A última é justamente quem acompanha o caso da menina que matou os pais e a defende em interesses nas causas cíveis, como o processo de sucessão que a ex-detenta abriu para acessar um apartamento avaliado em R$ 1 milhão, herança de sua avó paterna, Margot Gude Hahmann, que morreu em 2005, aos 81 anos.

Pamela denunciou Suzane nas redes sociais, alegando que ela não fabrica os produtos da loja e dizendo que foi enganada, mas apagou o post. “Me senti ludibriada duas vezes. Primeiro porque achava que a encomenda chegaria antes do Natal. Segundo porque ela não customizou a sandália, como havia dito. Mas resolvi apagar a queixa porque tenho medo da Suzane. Até porque ela tem o meu endereço, né?”, desabafou para o jornal O Globo, negando que seja fã da criminosa e afirmando que acompanhou tudo sobre o caso porque é fã de true crime (histórias de crimes reais).

Além de Pamela, o enfermeiro Diego Castro, de 31 anos, que é apoiador da ressocialização de criminosos, também fez compras na loja. Quando recebeu a encomenda, ele chegou a gravar vídeos elogiando os produtos. Com isso, ele fez um acordo em que se comprasse pela segunda vez, receberia uma chamada em vídeo de Suzane, mas ela simplesmente sumiu.

Diego tentou contato por mensagem e ligação, mas foi ignorado. Ele apagou os elogios e postou um vídeo de cinco minutos falando mal da Su Entre Linhas. “Vou logo avisando. Estou chateado. A Su Entrelinhas é uma loja feita para arrancar dinheiro e enganar as pessoas. É uma picareta.”

Suzane alegava ser autora do trabalho e mandava vídeos dela trabalhando para os clientes, para comprovar a informação. Porém, desde sua gravidez, descoberta em agosto, ela parou com as gravações e terceirizou a produção.